Mithological World

Mithological World
Deuses de varias religiões,Seres Fantásticos,um verdadeiro mundo mitológico.

Mithological World

Mithological World
O Grande Mundo Mitológico,onde nele você pode saber muito mais dos grandes deuses de várias mitologias,conhecer os semi-deuses,as criaturas mitológicas e muito mais!

quinta-feira, 3 de junho de 2010

“A mitologia é a maior fonte do cinema”

O diretor George Lucas, de 64 anos, não é um reflexo imediato das aventuras populares que têm encantado gerações de fãs. Pelo contrário, a impressão que dá o sujeto baixo, barbado e de olhar agudo é a de um daqueles críticos de cinema freqüentadores de sessões alternativas. Por telefone, ele se expressa como um professor de cinema bem-humorado. Seu sonho, conforme diz nesta entrevista, é se aposentar para realizar antigos projetos de filmes experimentais. Mas, por enquanto, conta, ele dá seqüência ao seu grande achado: a possibilidae de ampliar um universo paralelo feito de fantasias de futuro.


ÉPOCA - Como surgiu a idéia de criar um novo mundo mitológico?


George Lucas - Não há nada de novo nisso (risos). Pelo contrário. Estudei Antropologia e mitologia na faculdade e acabei sistematizando uma velha paixão. Sempre fui fascinado pelas histórias antigas. Logo me interessei menos pelos detalhes arqueológicos ou de construção de linguagem que pela psicologia que subjaz a cada figura mitológica. São traços que fazem parte da vida cotidiana em todos os períodos da História. De alguma forma, os mitos explicam as características e motivações básicas do ser humano. Dão conta, de certo modo, do funcionamento das sociedades até hoje. Eles são válidos até hoje. A mitologia é a grande fonte do cinema, e, de resto, de todo o conhecimento humano. O que fiz foi transpor os mitos arcaicos para um ambiente de ficção científica.


ÉPOCA – Você não se sente um pouco como Adão, por ter criado e dado nomes a personagens como Yoda, Chewbacca, Jabba, Palpatine e tantos outros?


Lucas – É uma sensação incrível ver as pessoas tratando seus personagens com intimidade. Eu me sinto feliz por ter criado novidade a partir de elementos arcaicos e de ter convertido a mitologia em uma situação cotidiana.

ÉPOCA – Por que você voltou à saga de Guerra nas Estrelas, mesmo tendo dito que a saga estava encerrada?


Lucas – Porque eu me divirto muito com ela! É como uma caixa de areia que posso explorar eternamente, como se pudesse toda vez me tornar criança de novo. So um menino entretido num mundo que criei para mim mesmo. É maravilhoso explorar esse mundo e notar que milhões de pessoas sentem essa emoção também.



ÉPOCA – A história de The Clone Wars acontece um pouco antes do terceiro episódio do filme...

Lucas – Sim, ela faz parte da grande epopéia. E é um momento que faltou mostrar no filme, o da eclosão das guerras clônicas, envolvendo a República e os rebeldes monarquistas. Uma saga como esta permite que a gente se aprofunde em um detalhe – e este detalhe se transforme em uma ótima história. Por isso, convidei Dave (Filoni) para dirigir a animação, porque ele conhece a mitologia de Guerra nas Estrelas até mais do que eu! (risos).



ÉPOCA – Você naturalmente quis ressuscitar em The Clone Wars o guru Yoda e o gângster Jabba, o Hutt...

Lucas – Sim, gosto tanto deles... Quis enfatizar o caráter esquisito de Anakin Skywalker, sempre desajeitado em cumprir as ordens de seu mestre, Obi-Wan Kenobi. Mais que todos, gosto de Yoda. Ele é a figura do ancião venerável, um sábio que faz falta no dia-a-dia. Quando pensei nele, a idéia era criar um velho pequeno, na proporção de uma criança. Yoda tem um rostinho de criança. Isso faz parte de seu charme eterno.





ÉPOCA – Por falar em eternidade, você não acha que, de alguma forma, Guerra nas Estrelas se tornou um universo em expansão infinita?

Lucas – O mito não tem fim. O que me fascina é poder inspirar as pessoas, especialmente as crianças, a contar suas próprias histórias. Porque Guerra nas Estrelas é menos um fim que um ponto de partida para a criatividade das pessoas. Com o conhecimento que está lá, você pode partir para sua própria viagem por um universo inédito. Por que não?



ÉPOCA – Você foi o pioneiro na computação gráfica. Como você vê as novas tecnologias no cinema, como o Imax e o 3D. São soluções para a arte cinematográfica?

Lucas – Sou fascinado por novas tecnologias no cinema – e desde os anos 70 eu trabalho no desenvolvimento de inovações em som e imagem. A tecnologia em IMax, com sua projeção em tela gigante, tem dado um novo impacto de realismo ao cinema. O 3D ganha mais e mais adeptos em Hollywood, e tem me inspirado bastante. A tendência do cinema é ampliar o efeito de realidade, e para isso o som é importante. É o caminho do cinema. Isso não quer dizer que o 2D não seja interessante também. Os novos episódios de Star Wars em animação digital incorporam a perspectiva tridimensional e a estética dos mangás japoneses. São uma combinação intrincada de idéias.



Nenhum comentário:

Postar um comentário